quarta-feira, 17 de agosto de 2011

“Por favor, a senhora poderia me dizer (...) porque seu gato sorri desse jeito?” *


Mais uma participação especial, de dois grandes amigos!

Por Anna Flávia 

Já conheci vários gatos, todos bem bonitos, alguns caros, bem pomposos, mas também todos parecidíssimos, como se tivessem sido feitos na mesma forma e depois recebido uma mecha branca aqui, um degradê de cores ali. Mas O Gato da Alice é diferente, é como o Gato de Cheshire da história*. Quando ele dá o ar de sua graça em algum lugar, o que se percebe são olhares curiosos para tamanha beleza e excentricidade. Certamente algo nunca visto antes. Isso porque a dona desse Gato é tão peculiar e especial quanto ele.

Cada “Gatinho” da Alice é único, porque cada um é criado com uma paixão que ninguém sabe de onde vem. E cada um sorri lindamente. Cada fita e cada miçanga costuradas desenham um sorriso também no rosto de quem olha. E cada vez que a agulha passa pelo pano, é mais um ponto nesse encantamento coletivo. Não adianta procurar que um Gato como esse não se encontra. É único, cheio de detalhes, de brilho e de tecidos e retalhos que particularizam cada um que vai usá-lo.

E você pode se pegar pensando: “mas eu tenho um gato em casa. E ele não sorri. Gatos não sorriem”, como pensou a Alice da história, quando conheceu o sorridente Gato de Cheshire. Mas é que nenhum gato sorri mesmo, só O Gato da Alice. “Por favor, a senhora poderia me dizer (...) porque seu gato sorri desse jeito?”

O mistério desse sorriso que nunca se viu nada parecido eu não sei, mas arrisco: são as mãos, a cabeça  o coração de quem costura pra gente. Se O Gato da Alice sorri, é porque tem alguém por trás disso, o fazendo sorrir e encantar.

Fotos: José de Holanda


*Alice no País das Maravilhas


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